Mas continuando, li este artigo hoje no jornal Expresso e enchi-me de orgulho. Primeiro porque sou Portuguesa e um feito destes por uma equipa Portuguesa só nos pode encher de orgulho; segundo, porque com as fraquinhas condições ao nível da investigação que Portugal tem, é preciso estofo e determinação para alcançar o que eles alcançaram e provar que nós (reparem como este “nós” grita orgulho!), cientistas portugueses, também podemos seguir o lema do Obama e gritar o já famoso “Yes, we can”. Para mais, o artigo também nos traz a esperança, a nós, cientistas portugueses que já deixaram de acreditar na investigação e na ciência em geral em Portugal, que talvez, qualquer dia, quem sabe, quiçá, quando Deus assim o permitir, o nosso cantinho à beira mar plantado vai dar o impulso de que precisa há já 20 anos e tornar-se numa (pequenina) potência....
Continuei a ler o artigo e eis se não quando leio “Entretanto, o Departamento de Ciência dos Materiais da Universidade Nova assinou um contrato com a multinacional francesa Saint-Gobain.” .... Ora lá foram as minhas esperanças de que esta invenção trouxesse riqueza, money, argent, pilim, das geld, ao nosso país. Sim, sim, continuo a achar que é bom para Portugal ter sido uma equipa Portuguesa a ter esta ideia, e sim, continuo a achar que o nosso país beneficia em muito com esta descoberta. Mas será que daqui a uns anos, quando se falar destes super computadores, o mérito será português? Ou será que se dirá “Ah sim! Aqueles computadores inventados pelos franceses!”
Hummm... Apenas me pergunto onde andam as empresas portuguesas quando estas coisas acontecem... Será que andam a dormir? Entretidos a pensar em como fugir mais aos impostos? Entretidos a pensar em como podem contratar mais recém-licenciados e pagar o salário minimo? Ou simplesmente será que foi uma empresa francesa, simplesmente porque teve de ser? Porque simplesmente não há empresas de vanguarda em Portugal? ............

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